O sono persiste em não aparecer. O desabafo persiste em
ocorrer. Ambos falham. Ambos conseguem parte de seu desejo.
A Felicidade. Algo tão distante. Tão intocável. Tão simples.
Seria ela difícil demais de ser conquistada, ou a culpa, a insatisfação, o medo
ou o orgulho, responsáveis pelo seu distanciamento? Como medir se ela é merecida? E como ter
certeza de sua perpetuação?
Ás vezes sinto como se a evitasse. Que o pensamento do não
merecimento me fizesse esquivar dela, assim que a sinto. Por outro lado, sinto
que nunca a senti por completo, sendo ela intocável até a realização de certo
sonho. Ao mesmo tempo, o mesmo pode ser apenas uma desculpa para justificar o
medo, a culpa, a covardia.